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São Carlos (cidade natal), SP, Brazil
Sou formada em Psicologia pela UFU em 1996, fiz Aprimoramento Profissional em Psicologia Hospitalar pela PUC/Camp em 1998, formação de Educadora Perinatal pelo Grupo de Apoio à Maternidade Ativa em 2004, e Curso de Extensão em Preparação Psicológica e Física para a Gestação, Parto, Puerpério e Aleitamento pela UNICAMP em 2006, onde neste mesmo ano, participei da palestra "Dando à luz em liberdade - Parto e Nascimento como Evento Familiar" com a parteira mexicana Naolí Vinaver Lopez. O que é uma doula? Uma mulher experiente que serve (ajuda)outra mulher durante o trabalho de parto e o pós-parto. Fui doula por 18 anos. Sigo agora como psicóloga atendendo em consultório particular na Vila Prado em São Carlos-SP Contato: vaniacrbezerra@yahoo.com.br (16) 99794-3566

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Daniela, Evandro e Bruna 10/09/2009



Esse é um relato de doulagem diferente: Daniela é minha irmã. Nove anos mais nova que eu, o que não impede que ela seja a minha heroína! O amor e a profunda admiração que sinto por ela não podem ser expressos em palavras. Mas posso tentar resumir da seguinte forma: ela é a pessoa mais bonita e mais forte que eu conheço.

Ela tinha ficado com contrações irregulares desde as 7 da manhã do dia anterior - intervalos de 6 - 10 -30 - 40 minutos... Passei o dia na casa dela. Estava chovendo forte, e na televisão passavam notícias de alagamentos e enchentes. Almoçamos, depois eu dormi a tarde toda enquanto ela viu televisão... à tarde demos uma voltona no quarteirão... e as contrações continuavam bem espaçadas. Fui para a minha casa ali pelas 19h00, podendo voltar a qualquer momento.


Ela me ligou às cinco da manhã, dizendo que as contrações estavam bem próximas desde as 3. Intervalos de dois minutos, um minuto... sai voando de casa. . Ela é muito forte prá dor, então fui prá lá achando que até poderíamos ter que correr prá maternidade.


Daniela tem uma filha especial de 12 anos. "Atraso do desenvolvimento de etiologia desconhecida". Entrou em TP duas vezes, uma vez com 36s5d, e o obstetra internou prá segurar, dizendo que o feto era de baixo peso. Depois, com 39 semanas, virou cesárea por mecônio. Fora isso, deram a BCG duas vezes. Minha mãe diz que a enfermeira quase desmaiou quando viu que tinha dado a vacina errada, saiu correndo prá buscar um pediatra... ele veio e disse que não haveria problemas... três dias depois ela teve uma convulsão, no colo da avó. Levaram ao pronto socorro, que encaminhou para o pediatra, que recomendou observar. E é só isso que sabemos.

Então estava eu, doulando minha irmã, que tem uma filha especial e uma historinha de mecônio após ter entrado em TP duas vezes. (Que fique bem claro, a Lu não aspirou mecônio, temos certeza disso).

Segunda gestação, pródromos tranquilos, contrações próximas há duas horas, e .... nada do feto mexer... fiquei das 5 às 7h30 na casa dela, e nada.... perguntei quando ela tinha sentido mexer, e ela disse que no dia anterior... merda! Achei melhor ir dar uma olhada. Ok. No caminho para a maternidade mexeu algumas vezes, e forte. Mesmo assim continuamos no mesmo caminho. Chegamos na maternidade junto com uma gestante cadeirante (paralisia infantil), em TP. A outra moça foi atendida primeiro. Ai foi a Dani. As contrações tinham voltado para um intervalo de 4-5minutos, mas aí, enquanto a enfermeira estava auscultando o BCF não deu nenhuma contração, bcf normal... e zero de dilatação, colo grosso. A enfermeira pegou as duas fichas, foi falar com o plantonista, voltou... e disse: as duas vão prá cesárea.

- PQ?!
- Essa por que o feto está muito alto, e a sua irmã pq está com contrações e não tem dilatação.

...

(Jesus me ajude...)

Pedi prá falar com ele. Falei que a Dani estava tranquila, estava tudo bem, não poderíamos ir prá casa esperar mais um pouco?

Aí ele pediu um cardiotoco e disse que se estivesse tudo bem poderíamos voltar para casa... Afinal enquanto estávamos ali nem contrações ela teve, a bolsa estava íntegra. Ele disse que esperaria o resultado do exame, mas a essa altura o medo já tinha feito seus estragos... fomos à cozinha, ela comeu umas bolachas e tomou chá... vinte minutos depois foi pro exame... e de cara deu uma bradi de 80, juntou um monte de gente em volta do monitor... e sem estímulo algum os batimentos se normalizaram, mas aí ficaram em 160 por 15 minutos, contrações bem fraquinhas... já vi tudo... quando a enfermeira saiu já falei prá Dani que tinha ficado no limite da normalidade e que provavelmente iria prá cesárea mesmo. A enfermeira voltou, mostrou um círculo bem grande em volta da bradi, "explicou" que aquilo era sofrimento... ao contrário do que eu tinha imaginado, o plantonista achou que preocupante era a bradicardia com recuperação espontânea. Mas não vamos entrar numa disputa do que é mais preocupante certo? Não estava bom e pronto.

Depois de esperar a moça cadeirante sair da cesárea, a Dani entrou em seguida. Pedi prá entrar junto mas todo mundo falando que o Dr. Xxxx nunca deixava ninguém entrar... Ok. Daí a pouco veio uma enf.. correndo, dizendo "ele deixou, mas tem que ir logo pq já vai começar".. Entrei voando, pensando que "vão me deixar entrar depois que já nasceu...". Mas não, ainda estavam se paramentando... aí me puseram na janelinha, olhando os pés dela, e perguntaram se eu tinha mesmo coragem de ver. Eu respondi que na verdade eu não queria ver o nascimento, eu queria ficar perto da Daniela, segurar a mão dela... e não é que deixaram? Lá fui eu, dei um beijo nela, a cirurgia ia começar... alguém perguntou: "vocês viram isso?!" e apontou a caixa de luvas. E em seguida todos foram trocar as luvas e os aventais cirúrgicos. Eu não olhei, não sei o que tinha de errado, mas estava contaminado, já que todos começaram a se trocar...

Mais alguns minutos e a cirurgia começou.

Cirurgião e Auxiliar conversando:

- Vc então é doula? Trabalha com a Carla né? Já fizeram muitos partos domiciliares?

Imagina meu espanto... eu não falei que sou doula, e nunca acompanhei partos domiciliares com a Dra. Carla! Quando pedi para entrar eu disse que sou psicóloga hospitalar, que já trabalhei em UTI, já trabalhei com grandes queimados, com transplantados... (tudo verdade viu? Posso provar se for necessário). Fiquei chocada com a pergunta, e respondi meio bestamente:

- Não tem muitos partos domiciliares não, são poucos...

Cirurgião: - Aí quando não dá certo vem prá maternidade né?
- ... (não respondi)

Auxiliar: - Isso, pelo jeito, é segredo de profissão...
- ... (não respondi).

Cirurgião: - Vc só trabalha com a Carla?

- Na verdade eu trabalho com as gestantes! Já acompanhei gestantes da Dra. Carla, do Dr. Rogério, da xxxxxx, da xxxxxxx, do xxxxxxxx, da xxxxxxxxxx, do xxxxxxxxxxx..

Engraçado que eu tenho muita dificuldade de guardar nomes, e na hora lembrei de todos! E bem poderia ter respondido que "já trabalhei com quase todos os obstetras que pelo menos de vez em quando permitem que o bebê nasça por via vaginal"!

Chegaram na bolsa.

- Tem um meconião aqui...
- Noooooooossa! F5! (Pior categoria de furacão).
- Tá feia a coisa... (tentem imaginar a cara da Daniela).
- Prepara a sucção, depressa!

Olhando prá mim: - "Cê vai ver o que vai sair agora... eu teria feito essa cesárea antes, só fiz cardiotoco pq vc pediu. Virou cesárea de emergência por sua culpa."

Bom... eu poderia ter respondido que cesáreas na maioria das vezes deveriam ser por emergência. Mas abaixei a cabeça e fiquei quieta.

Ele rompeu a bolsa, espirrou líquido verde e bem diluído. Pediu fórceps, tentou locar, não conseguiu, tentou de novo, não conseguiu...

O auxiliar disse: - "desculpa eu falar mas pq você não puxa com a mão?!"(Agradeço e agradecerei sempre ao auxiliar por esta intervenção).

Aposto meu diploma que o cirurgião poderia ter respondido: "pq estou fazendo um pouco de terrorismo...".

Ele puxou com as mãos, tirou só a cabeça, lavou a boca e o nariz, aspirou, depois tirou o corpinho. Sem tônus. Sujinha, mas SINCERAMENTE, eu não achei muito... e agora tenho certeza, por que já vi mecônios muito mais espessos depois disso, e a criança também ficou bem.

Cometi o erro de falar para a Daniela quando tinham tirado só a cabeça. Quando passaram 5 segundos e não veio o choro ela achou que era muito grave...

Levaram para a salinha ao lado, escutei um choro rouco, falei prá Dani, que era ela chorando. A Dani virou e vomitou na mesma hora... mais um pouco e chorou forte... Não tinha ninguém no caminho, fui até a janelinha e olhei, ela estava com boa cor, movimentos vigoros, chorando... com a perninha sangrando pq já tinham dado o Kanakion intra muscular.

Voltei, falei prá Dani que estava tudo bem, ela vomitou de novo.

Trouxeram a Bruna, mostraram, estava tudo bem, saíram.

Cirurgião: - "Tá indo prá UTI?"
Eu (desesperada) - Não! Ela tá bem! Chorou forte, já está corada, tá tudo bem!

A Dani vomitou de novo...

Foram terminando os pontos, pedindo desculpas pq a cicatriz ia ficar torta, pq tinha virado cesárea de emergência, por minha culpa é claro, era preciso dizer isso de novo... e o médico me convidando prá trabalhar com ele, dizendo que tem uma equipe interdisciplinar, com nutricionista e fisioterapeuta... e eu pensando que não era hora prá esse tipo de conversa! (PQP!) Até entendo a tentativa desastrada de ser simpático, mas não era hora. No entanto, conversas paralelas são comuns, infelizmente. Como era comigo, não respondi para não esticar o assunto.

Saí dali, fui lá no berçário.

Posso ver?
Pode.

Bruna estava na encubadora, chorando, agitando braços e pernas... depois começou a chupar as mãos e se acalmou...

Voltei.
- Tá tudo bem viu Dani? Ela tá ali no berçário, chupando as mãozinhas.
Dessa vez ela não vomitou.

Entrou um médico...
- O Sr. é o Dr. XXXXXXX?
- PQ VC QUER SABER?
-... eu queria agradecer por ter permitido que eu entrasse.
- QUEM DISSE QUE EU DEIXEI?
- Bom, eu só queria agradecer... viu como eu não dei trabalho?
- EU SOU CONTRA A PRESENÇA DE PESSOAS ESTRANHAS. AQUI É UM LOCAL DE TRABALHO, NÃO ESTAMOS AQUI PRÁ DAR ESPETÁCULO PARA ESTRANHOS ASSISTIREM!
- Bom... eu não sou estranha, eu tenho dois olhos, um nariz e uma boca, tudo no lugar certo, não tenho nada de estranho...
- AQUI NÃO É UM CIRCO! E EU QUERO SABER QUEM FOI QUE DISSE QUE EU TINHA DEIXADO VOCÊ ENTRAR.
- O Sr. me desculpe mas eu não sei o nome...
- EU SOU CONTRA ACOMPANHANTES! EU NÃO DEIXEI NINGUÉM ENTRAR!
- Bom, então eu retiro o agradecimento! Me desculpe por ter agradecido!

Ele ficou p. da vida...saiu... olhei pro cirurgião, pedi desculpas, ele não respondeu, manteve a cabeça baixa... o Dr. XXXXXX voltou.

- AGORA QUE A SRA SABE QUE EU NÃO DEI PERMISSÃO, PODE SE RETIRAR!

Olhei prá Daniela prá dizer tchau.

- A SRA É SURDA? NÃO ME OUVIU? É PARA SAIR IMEDIATAMENTE!

Dei um beijo na Daniela, pedi desculpas prá ela e para o cirurgião e saí. O Dr. XXXXXX foi andando atrás de mim e falando sem parar, até eu entrar no vestiário feminino e fechar a porta. E ficou lá, gritando que ali não era um circo para permitir a entrada de palhaços, que eu deveria ir trabalhar no circo, etc...

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Gente, eu errei, devia ter respondido que não sou estranha, sou da família... mas é mais forte que eu... toda vez que eu sou agredida sem estar esperando, minha reação é com ironia... e posso até pedir desculpas por ter reagido com ironia, mas não estou acostumada a grosserias, e reagir bem em tal circunstância nem é uma capacidade que eu queira muito adquirir... prefiro ser tratada com educação e responder com educação. Quase um ano depois posso dizer que já passei por outras agressões e consegui responder com educação. De tudo sempre se pode aprender alguma coisa...
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O Apgar da Bruna foi 3, 8 e 10. (Dez com quinze minutos). Já vi apgares piores e os bebês estão bem.

Perguntas: a aspiração como foi feita, e eu não discordo de ter sido feita, pode baixar o apgar? A demora entre a anestesia e o início da cirurgia podem ter baixado o apgar? As tentativas fracassadas de tirar com fórceps podem ter baixado o apgar?

A resposta para todas estas perguntas é: SIM.
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Bom.. saí chorando pelo corredor, falei com o Evandro e com a Luana, falei que estava tudo bem, que eu só tinha ficado nervosa com a gritaria do anestesista. Achei que ia demorar uma semana até parar de chorar... fui até a rua e liguei para a Ana Frê, me acabando de chorar... ela me escutou e me ajudou a me acalmar. Melhorei um pouco. Também liguei para a Andréia, minha irmã, e ela também me ajudou. Depois também encontrei apoio na rede de humanização, e tive certeza de que não foi o meu comportamento de questionar a indicação de cesárea o inadequado nesta história.

Passei as duas noites com ela na maternidade. Ela foi bem atendida. Bruninha foi submetida a teste de destro - e "explicaram" que era para verificar se estava mamando! Sei... agora observar o bem estar do bebê, também não é suficiente?! Mais uma máquina de "faz pim", e pior: é cruel! De 6 em 6 horas dão uma lancetada no pé do bebê para verificar a glicemia! Eu tinha vontade de chorar quando a auxiliar de enfermagem entrava com o aparelhinho no quarto!

Teve uma hora que ela disse: agora está bom!
E a Dani perguntou: então não precisa fazer mais né?
E ela respondeu: de 6 em 6 horas até a alta. (Não é culpa dela, é prescrição da pediatra, que soubemos que era uma mulher, mas não vimos a cara nem uma vez).





Bom... e a alta, heim? Imaginem a cena. O médico entrou no quarto, fez aquele gesto de puxar a pele de baixo do olho da Dani para baixo, depois pediu que ela mostrasse as palmas das mãos, perguntou se estava tudo bem, ela respondeu que sim, ele deu alta!


- Tá tudo bem?
- Tá.
- Então você está de alta.

E saiu. Sem nenhum tipo de orientação, encaminhamento, nada! (Nem por parte da enfermagem depois disso).

Depois que ele saiu a outra moça que estava no quarto falou: "mas nem olha a cicatriz"?! Pois é... diante de tantos absurdos que vimos antes, este pareceu o menor.





E o que posso dizer para terminar esse relato? -"Meu Deus, permita que isso não se repita com outras mulheres"!? Pois acreditem, ele já fez pior, bem pior. Para que Deus possa nos ajudar é preciso que os outros médicos parem de baixar a cabeça, parem de ter medo de mexer com peixe grande. Pq esse cara é SIM um peixe grande. Não acredito nem por um segundo que os outros médicos se acovardariam diante dele se ele fosse apenas mais um anestesista entre os 12 ou 14 que temos em nossa cidade. Tem alguma coisa nessa história que só quem está lá dentro pode entender.

O que eu posso dizer? Sinto muito? Sinto muito que essa história horrorosa tenha sido com a minha irmã/heroína?

Sim, eu sinto muito. Sinto muito que ela tenha tido o grande azar de entre 12 anestesistas, ela tenha caído justamente no plantão deste monstro com um Dr. na frente do nome.

Daniela é muito forte para dor. Recuperou-se rápido, sempre preocupada em melhorar logo para poder cuidar da Luana. Uma cicatriz torta é a menor preocupação que uma mulher sábia como ela poderia ter.

Bruna é linda. Forte, saudável, está com sete meses e já é estrelinha das festas da família.

Elas ficaram bem.

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Dani, tenho muito orgulho e me sinto muito honrada de ser da sua família. Vc já era minha heroína e neste dia provou mais uma vez sua força. Te amo muito.

Bruninha: sei que vc sofreu um pouco para nascer. Espero que sua vida seja toda de paz e luz para compensar a dificuldade do começo. Conte sempre com sua tia que te adora.

Luana, minha querida, obrigada por ser atenciosa e amorosa. Adoro você.

Evandro, se cuida! Sua família é uma joia, e você merece fazer parte dela.

Beijos, muitos beijos!

Vânia.
Vencedores! Outubro de 2012

3 comentários:

  1. Nossa, Vânia, a cada relato te admiro mais.
    Um abração e que Deus conserve toda essa força e lucidez.
    Não deixe se abalar por esses "tipinhos", pense que são a minoria, a tendência é a humanização, sim!
    Beijão
    Heloisa - de SJRio Pardo

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  2. Heloísa e Cris, obrigada pelos elogios e pela solidariedade. A rede de apoio à humanização do parto continua me ajudando até hoje! beijos!

    Quero deixar duas observações:

    1) no relato eu disse que "elas ficaram bem": quero deixar claro que isso foi no nível físico. Recuperaram-se da cirurgia, e das intervenções - as necessárias e as desnecessárias - sem sequelas aparentes. Também no nível emocional, até agora tudo bem. Sem problemas de amamentação, vínculo ou depressão. Embora possa pensar que isso se deve um pouco à minha presença e esclarecimentos em tempo integral, o maior mérito é da Daniela, claro, pq ela é uma heroína de verdade.

    2) Não existe na literatura médica o termo "falta de dilatação". Não existe "já está com contrações e não tem dilatação". O que existem são médicos apressados. Por que então ela estava com contrações próximas há mais de 3 horas e o colo estava grosso e sem dilatação? Por distócia de apresentação. A cabecinha dela estava com um pequena bossa para o lado. Então depois da cesárea soubemos que ela tinha encaixado errado. Na maioria das vezes a continuidade do trabalho de parto faz o bebê reposicionar a cabeça e a dilatação começa. Basta esperar. A Dani estava bem. Dava para esperar. Quanto à indicação e interpretação do cardiotoco... prefiro pensar que ele atirou no que viu e acertou no que não viu. Adivinhações em bolas de cristal não são válidas para indicação de cirurgia. E uma bradi com recuperação espontânea também não. Pronto! Falei!

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  3. Vânia, Daniela, Evandro e Bruna
    A dor da experiência de vocês desencadeou uma transformação vigorosa no status quo da maternidade....
    Na batalha, há baixas que lamentamos, mas que fazem sentido quando a vitória chega....e o dia da vitória está cada vez mais perto, graças ao episódio com vocês. A vitória da luta das mulheres por dignidade no momento do parto!
    Coragem, o sofrimento de vocês não foi em vão.

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