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São Carlos (cidade natal), SP, Brazil
Sou formada em Psicologia pela UFU em 1996, fiz Aprimoramento Profissional em Psicologia Hospitalar pela PUC/Camp em 1998, formação de Educadora Perinatal pelo Grupo de Apoio à Maternidade Ativa em 2004, e Curso de Extensão em Preparação Psicológica e Física para a Gestação, Parto, Puerpério e Aleitamento pela UNICAMP em 2006, onde neste mesmo ano, participei da palestra "Dando à luz em liberdade - Parto e Nascimento como Evento Familiar" com a parteira mexicana Naolí Vinaver Lopez. O que é uma doula? Uma mulher experiente que serve (ajuda)outra mulher durante o trabalho de parto e o pós-parto. Fui doula por 18 anos. Sigo agora como psicóloga atendendo em consultório particular na Vila Prado em São Carlos-SP Contato: vaniacrbezerra@yahoo.com.br (16) 99794-3566

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Eloize e Wesley recebendo Teo Luca - fevereiro de 2013

Esse parto foi um dos muito especiais pois veio dar praticamente um testemunho do poder da mulher sobre seu corpo: o parto acontece na cabeça.

Eloize me contratou e começamos com as reuniões de preparação. A casa recém-adquirida, com muitos espaços vazios e eu a imaginava andando por ali em trabalho de parto. Era muito gostoso! A preparação terminou, nos despedimos com as frases de "nos veremos na hora em que o Teo quiser vir, estaremos todos prontos".

Daí que essa doula que vos fala é a tranquilidade em pessoa, não fico vigiando datas, eu confio e pronto. Ai um dia atendo o telefone e é a Eloize dizendo que completaria 42 semanas no dia seguinte e o médico pediu que ela conversasse comigo sobre indução. Aff, me senti muito relapsa nessa hora... como assim, 42 semanas, já?!

Conversamos então sobre a indução, eu mesma tive parto induzido e como doula já acompanhei algumas induções, uma das quais terminou com o primeiro parto na água dentro de um hospital em São Carlos. :)

Então tenho prática, e tenho confiança de que esse médico sabe induzir, afinal a maioria dá certo.

Conversamos, conversamos, e no final ela me disse: "ainda tenho confiança de que nada disso será necessário e eu vou entrar em trabalho de parto".

Dia seguinte, 42 semanas, me ligou no meio da tarde, tinha conversado com o médico. O marido dela precisou viajar, e chegaria de madrugada. Faria muita diferença esperar mais um dia? A resposta foi que não, poderiam sim esperar até a manhã do dia seguinte, afinal até agora tinha sido uma gestação absolutamente tranquila, por que haveriam de estressar por meras 12 horas? Então assim ficou combinado: caso não entrasse em TP internaria para a indução com 42s1d.

Acordei de madrugada, perdi o sono, peguei um livro, fiz um chá e me ajeitei para começar a ler. O telefone tocou. Eloize estava em TP já com as contrações a intervalos menores que 5 minutos.

Fui pra casa dela e quando cheguei ela estava andando pela sala, muito tranquila, me recebeu com sorriso confiante e logo veio mais uma contração. Ela segurou na grade da escada e ficou de cócoras, dona do seu corpo, segura do que estava fazendo.

Quando passou a contração ela me olhou e disse: - "não falei que eu ia entrar em trabalho de parto?!"

Todos nós sorrimos nessa hora!

Então ficamos por ali, estava uma noite linda. Fui até o quintal e liguei para a hospital para deixar avisado que estava acompanhando uma gestante em TP e que dali a algum tempo já iriamos para lá.

Contrações, massagens, comidinhas, suquinhos, tudo muito muito tranquilo. E não demorou muito para as contrações estarem já bem próximas, e ela em duvida se estava fazendo força ou não. Observei mais um pouco e achei melhor irmos para a maternidade para já termos as auscultas dos batimentos cardíacos do bebê a intervalos regulares. Sendo assim fomos colocando as malas no carro e logo seguimos caminho.

Chegando no hospital ela foi encaminhada para a suite PPP e assim ficamos: Eloize e Wesley, Amanda (irmã da Eloize) e eu. Um clima gostoso de espera respeitosa.

As contrações deram uma espaçada, e o melhor jeito de estimular é andar. Eloize praticamente corria pelo quarto e de vez em quando subia na escada de lynnings (essas escadas que tem em academia pra gente se alongar) e ficava olhando o quarto lá de cima, provocando risos em todos aqui em baixo. Quando as contrações vinham ela ficava de cócoras e se concentrava. A cada ausculta era possível perceber que o bebê estava baixando, e logo os puxos chegaram.

A equipe foi chamada, o médico chegou e ela já tinha se ajeitado na banqueta de parto.

E assim nasceu Teo Luca, com o quarto a meia luz e sob a mira da lente da tia Amanda. Com amor, com respeito, a seu tempo, e direto para os braços da mãe confiante em sua natureza!

E assim o mundo recebeu mais um bebê, cercado de amor e proteção. Seja sempre bem vindo Teo!

A Eloize e Wesley deixo meu muito obrigada pela honra de ter feito parte da equipe sobre a qual vocês depositaram a confiança e dividiram esse momento divino!

Um grande abraço!

Vânia.

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